Ficou conhecida como a “capital mundial da moda” graças ao impulso que recebeu, nos anos 1980, de casas como Versace e Armani. Hoje, também é o principal centro italiano do comércio, das finanças, do design, da mídia e do futebol, além de cidade mais populosa do país. Vista por muitos viajantes como caótica e esnobe, Milão pode ser bastante charmosa. Flanar por suas ruas revela verdadeiros tesouros – como o que está no refeitório de um antigo convento dominicano, ao lado da igreja Santa Maria delle Grazie: “A última ceia”, afresco pintado por Leonardo da Vinci a mando do duque Ludovico Sforza entre 1495 e 1497.

Invernos frios e úmidos, com temperaturas em torno de 0°C durante o dia. Verões quentes e abafados, com chuvas frequentes

Italiano

Cerca de 1,7 milhão de habitantes

181 km²

(UTC +1) 4 horas à frente do horário do Brasil

Euro

+02

230 V

Sem dúvida, a maior atração obrigatória é o Duomo, magnífica catedral gótica que domina o centro da cidade e que levou inacreditáveis cinco séculos para ser erguida. A espera valeu cada minuto. Com 157 metros de comprimento e 109 metros de largura, ela traz em sua fachada triangular 135 espirais de mármore e 3.400 estátuas. Do outro lado da praça, no térreo do Palazzo Reale, fica o Museo del Duomo, com tesouros da catedral. Entre os destaques estão querubins e madonas renascentistas, vitrais do século XV e obras de Tintoretto. A Fondazione Prada, centro de arte contemporânea inaugurado em 2015, abriga a coleção de pinturas e esculturas da empresária Miuccia Prada. O projeto do arquiteto holandês Rem Khoolas tirou bom partido de uma antiga destilaria e o prédio hoje é uma atração à parte – a entrada nos pátios e no bar é gratuita.

A cozinha da Lombardia caracteriza-se pela riqueza – tanto no uso de ingredientes quanto no valor calórico – e pela presença constante de carnes, manteiga e azeite de oliva, entre outros produtos. Além da polenta e do minestrone, uma receita muito comum é o risotto alla milanese, preparado com açafrão e geralmente acompanhado de ossobuco. Na Piazza del Duomo, um empório de três andares reúne vários restaurantes e vende desde pizzas e sanduíches rápidos até refeições completas com duas ou três etapas.

Milão combina com música clássica. Uma de suas instituições mais tradicionais é o Conservatorio di Musica Giuseppe Verdi, que reserva dois palcos para concertos semanais. Mas é o Teatro La Scala a joia da cidade. Fundado em 1778 pela imperatriz Maria Theresa da Áustria, a casa de óperas em estilo neoclássico traz uma programação de primeira. O único problema é adquirir um ingresso para seus inúmeros concertos, balés e óperas, já que costumam esgotar em poucos dias. Para quem prefere algo mais mundano, o bairro de Chinatown é diversão garantida, com várias baladas e restaurantes de “dim sum” abertos até o sol nascer.

O que fazer em Milão? O passatempo preferido dos milaneses é passear sob a cúpula de vidro da Galleria Vittorio Emanuele II. Entra-se no local através de um imenso portal neoclássico, que leva a um amplo corredor com piso de mármore e afrescos nas paredes. O prédio, obra-prima do arquiteto bolonhês Giuseppe Mengoni, foi inaugurado em 1871. É o lugar ideal para tomar um café nos terraços dos bares e restaurantes. Após a unificação da Itália, em 1870, o Castello Storzesco foi devolvido à cidade de Milão e, hoje, abriga sete museus e algumas obras-primas, como a “Pietà Rondanini” de Michelangelo. Se o tempo colaborar, continue a visita pelo Parco Sempione, logo atrás do Castello. Na Idade Média, o local servia como área de caça da família Visconti.

As butiques milanesas mais procuradas pelos fashionistas ficam dentro do chamado Quadrilatero d’Oro, composto pelas Vias Montenapoleone, Manzonni, Della Spiga e Sant’Andrea. Mas é melhor preparar o bolso e a atitude para ser bem atendido. Para quem prefere algo bem mais informal, as lojas alternativas do Corso Vercelli e da região de Isola, atrás da Stazione Garibaldi, oferecem boas opções (e bem mais em conta) em vestuário e acessórios.

A melhor maneira de conhecer a cidade é usando o transporte público. O metrô, por exemplo, é limpo e bem sinalizado. Há três linhas principais: linea rossa (oeste-norte); linea verde (sul-leste) e linea gialla (norte-sul). As rotas e os horários de ônibus e bondes estão no site da ATM. É possível comprar os bilhetes em estações de metrô, quiosques ou tabacarias.